Nesta postagem mostrarei como proceder com a instalação do novo Xubuntu 14.10, seja ela em um PC ou em uma máquina virtual. Estes procedimentos também são válidos caso você deseje instalar quaisquer outras variações do sistema, tal como o Ubuntu padrão, o Kubuntu (com KDE) ou ainda o Ubuntu Gnome. Confira todos os detalhes aqui!
Antes de mais nada, se você já não tiver feito, é necessário baixar a imagem ISO do sistema operacional - recomendo a edição de 64 bits, salvo se a instalação for feita em um PC mais antigo cujo processador não dê suporte a este conjunto de instruções. Caso a instalação estiver sendo feita em uma máquina virtual é possível montá-la diretamente no software utilizado para tal função, mas caso seja em um PC físico será necessário gravar a imagem ISO em um DVD ou então em um pendrive – estou preparando uma dica de como efetuar este procedimento, de forma similar ao que fiz sobre a instalação do Windows.
Se há uma coisa na qual as distribuições Linux evoluíram nas últimas décadas é no procedimento de instalação. Enquanto que nos Velhos Tempos era necessário um grande conhecimento do equipamento onde a instalação estava sendo feita (como por exemplo, até a quantidade de memória de vídeo para a instalação do servidor gráfico), atualmente é quase tudo automático e o Kernel é capaz de reconhecer a grande maioria dos dispositivos de hardware. Mas chega de conversa e vamos colocar a mão na massa!
A primeira tela da instalação permite escolher o idioma do sistema, bem como escolher entre iniciar o sistema no modo Live (diretamente a partir da mídia) ou então realizar a instalação no disco, que é a que nos interessa aqui.
Em seguida é feita uma checagem de espaço em disco e se há uma conexão com a Internet, a qual apesar de não ser obrigatória para a instalação é altamente recomendável. Também é possível incluir as atualizações de sistema durante a instalação (primeira opção) e instalar software de terceiros, como o que inclui suporte para arquivos MP3 (segunda opção).
O temido particionamento de disco
É nesta etapa que os utilizadores menos familiares com o Linux sentem mais calafrios, mas vamos destrinchar todos os seus detalhes aqui! O instalador solicita inicialmente como será feito o procedimento, para o qual recomendo fortemente o modo manual (última opção).
Finalmente chegamos à tela do particionador. Caso o disco esteja em branco é necessário criar uma nova tabela de partições clicando no botão correspondente. Porém caso o Linux for instalado em dual boot com o Windows recomendo encerrar a instalação, voltar ao Windows e redimensionar a sua partição de modo a liberar espaço para o Linux – algo em torno de 20 GB é suficiente (neste artigo mostro como efetuar o procedimento - apenas não crie uma nova partição e deixe o espaço vazio, que será onde a partição do Linux será criada). Após a sua conclusão retome a instalação do Linux.
Vou aproveitar aqui e dar uma pincelada sobre como o Linux (e demais derivados do Unix) identifica e lida com os dispositivos de armazenamento, que a uma primeira vista parece algo esotérico mas na verdade é bastante lógico. Ao contrário do Windows ele não utiliza letras (tais como C: e D:) para identificar as unidades, mas sim trabalha com links diretamente para o dispositivo, utilizando o caminho lógico para a “pasta” de dispositivos (ou devices) que é a /dev.
Desta forma o disco instalado na primeira porta SATA (ou no caso dos dispositivos PATA/IDE o disco master instalado na primeira porta IDE) recebe a denominação /dev/sda, o segundo disco /dev/sdb e assim sucessivamente. A numeração das partições segue um esquema similar: a /dev/sda1 representa a primeira partição do primeiro disco, a /dev/sda2 a segunda, a /dev/sdb1 diz respeito à primeira partição do segundo disco e por aí vai - isto vale para as chamadas partições primárias, no caso de unidades lógicas a contagem começa a partir do número cinco (ex: /dev/sda5) mesmo que não existam quatro partições primárias (que é o limite máximo suportado pelo protocolo ATA).
Isto posto, agora é a hora de planejar o particionamento do Linux, principalmente no que tange à partição de swap (até é possível utilizar um arquivo para esta finalidade como é feito no Windows, mas no caso do Linux recomendo fortemente criar uma partição separada). Há diversos métodos para calcular um valor ideal para esta partição, mas de um modo geral e para simplificar o nosso ensaio em máquinas de até 4 GB de RAM recomendo uma partição de swap entre 1 e 1,5 GB. Máquinas com 8 GB ou mais podem rodar sem swap e caso futuramente haja a necessidade é possível incluí-la manualmente.
Retomando a instalação, vamos agora criar a partição do sistema levando em conta que no meu caso vou deixar algo em torno de 1,4 GB para a partição de swap. Para tanto, selecione o espaço vazio no disco e clique no botão “+”. No tamanho da partição subtraia o tamanho em MB da partição de swap (caso for usar uma), deixe marcado como partição primária, o local padrão, o sistema de arquivos Ext4 e o ponto de montagem /, que indica que esta é a partição principal do sistema. Também é possível criar partições separadas para outros locais do sistema, como a /home que armazena os dados dos aplicativos e arquivos das contas de usuário do sistema, mas no nosso caso vou criar apenas a partição principal. Clique em OK para prosseguir.
Agora vamos criar a partição de swap (caso você não for usar uma pode pular esta parte). Selecione novamente o espaço vazio e clique em “+”. Defina o tamanho da partição (que geralmente será todo o espaço livre restante) e no sistema de arquivos selecione swap area. Note que aqui não é necessário definir um ponto de montagem e as demais opções podem ser mantidas no padrão.
Quase tudo pronto! Falta agora outro pequeno detalhe: definir onde o gerenciador de boot do Linux será instalado, opção que fica abaixo da tela das partições. Recomendo deixar selecionado o disco principal do sistema – caso esteja sendo feito um dual boot com o Windows o mesmo será identificado e automaticamente será criada uma entrada no menu de boot para o mesmo.
Prosseguindo
Faltam agora outras configurações simples, que são feitas durante a cópia dos arquivos. A primeira delas é a definição do fuso horário.
Defina agora o tipo de teclado: caso você utilize um modelo ABNT2 selecione a opção Português (Brasil) e teste se o layout está correto no campo correspondente.
Finalmente entre com os dados do usuário do sistema bem como a sua senha. Recomendo uma senha forte (com no mínimo oito caracteres e que contenha letras, números e símbolos) visto que esta senha será requerida para efetuar operações com privilégios elevados no sistema.
Todo pronto! Reinicie agora o equipamento (e remova a mídia de instalação se for o caso) para desfrutar da sua instalação do Xubuntu 14.10 (ou derivados) nova em folha.
Por fim, fique ligado nas atualizações do Blog: muitas matérias sobre o Xubuntu e sobre o Linux em geral estão no forno. Aguardem! :-)
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