Lá nos idos de agosto do ano passado eu havia noticiado que a Microsoft estava estudando mudar o nome do Internet Explorer. Pois bem, nesta semana a empresa confirmou que realmente irá abandonar o nome depois de duas décadas de história e polêmicas. Surgido em 1995, foi parte integrante da "estratégia de dominação da Microsoft": em 1997, então na versão 4.0, passou a vir integrado no Windows 95 OSR 2.5 e foi lentamente sufocando a Netscape (que acabaria tendo um destino pior do que a morte: foi comprada pela AOL), produtora do clássico navegador Netscape Navigator, fato que gerou diversos problemas judiciais para a Microsoft em função do monopólio/truste.
Com o declínio do Navigator o Internet Explorer ficou praticamente sem concorrentes, atingindo mais de 90% de participação do mercado no início dos anos 2000. Deitado em berço esplêndido, parou no tempo e foi acusado por muitos de atrasar a evolução da Web pela falta de interesse da Microsoft em deixá-lo mais compatível com as padronizações vigentes. Este quadro só começou a mudar em 2004 com o lançamento do então Mozilla Phoenix (que depois mudou o nome para Firebird e finalmente Firefox), produzido a partir de partes do código-fonte do Navigator que a Netscape havia tornado público.
O Firefox foi amplamente considerado como o único navegador alternativo realmente viável até 2008, quando o Google concebeu o Chrome que passou a dividir os holofotes. Juntos, o Chrome e o Firefox foram roubando mercado do Internet Explorer que atingiu pouco mais de 50% de participação no ano passado, em uma queda vertiginosa. A Microsoft até que tentou correr atrás do prejuízo e modernizou as últimas versões do Internet Explorer (principalmente a 10 e a 11) mas já era tarde, sem falar que o Google tem um valor de mercado maior que o da própria Microsoft e desta forma não há como sufocá-lo (ou comprá-lo) como foi feito com a pequena Netscape - por sua vez a Mozilla Foundation é uma organização sem fins lucrativos.
A Microsoft afirma que a versão final do Windows 10 já não mais virá com o Internet Explorer, mas somente com o navegador baseado no projeto Spartan (ainda sem nome comercial definido). Porém como afirmei na minha análise do Build 9926 do Windows 10 apenas o nome Internet Explorer não estará mais presente: o seu motor de renderização (o Trident) deverá continuar por muitos anos ainda por questões de retrocompatibilidade com muitos sites e controles ActiveX.
As piadinhas não podem acabar. :(
ResponderExcluirSem dúvida: Internet Exploder, Iraque Explorer, Chrome/Firefox downloader.... :p
ExcluirAntes tarde do que nunca.
ResponderExcluirE que não volte mais! :p
ExcluirNa minha opinião o Trident deveria tornar-se um recurso do Windows que só seria instalado e habilitado por quem realmente necessite dele.