Dica de acessório: emulador de disquetes USB (sem marca)

Não me entendam mal, eu adoro disquetes e o som do motor de passo destas unidades é música para os meus ouvidos. Porém convenhamos: tais mídias são incrivelmente suscetíveis a falhas principalmente com o passar do tempo e desta forma o emprego de alternativas pode ser necessário. Nesta postagem mostrarei a vocês um equipamento que permite unir os dois mundos, o clássico e o moderno.

Na foto de abertura vemos o seu painel frontal, cujas funcionalidades são:

1. Led que indica que a unidade está sendo acessada;
2. Display digital que indica qual disquete virtual está ativo (a unidade pode emular até cem disquetes em um único pendrive);
3. Conexão USB;
4. Botões para navegação entre os disquetes virtuais;
5. Led indicador de que a unidade está ligada.

Já o painel traseiro é bem parecido com as unidades de disquete tradicionais, contento as conexões de dados e de alimentação elétrica.

Eis o PCB, o qual conta com jumpers para configurar certos parâmetros. Como todo produto chinês que se preze, a unidade não conta com qualquer identificação do fabricante ou documentação. Depois de muito pesquisar, descobri que o PCB é idêntico aos emuladores fabricados pela Gotek – a partir desta constatação ficou bem mais fácil achar a documentação. A unidade pode emular disquetes de 1,44 MB, 1,2 MB e 720 KB (se emulasse também de 360 KB seria perfeita!).

Para quem tiver uma unidade destas ou pretenda comprar uma, deixo aqui os ajustes dos jumpers para facilitar as vossas vidas:

• J3 e J4 abertos: 1,44 MB;
• J3 fechado e J4 aberto: 720 KB;
• J3 aberto e J4 fechado: 1,2 MB.

Também é possível configurar qual letra de unidade o emulador irá assumir:

• J1 (posição 1-2) e J2 (1-2): Unidade A;
• J1 (2-3) e J2 (2-3): Unidade B.

Instalação e funcionamento

O emulador é instalado como uma unidade de disquete tradicional:

Aqui o pendrive foi formatado com cem disquetes virtuais de 1,44 MB, sendo que com os botões (número 1) é possível navegar entre eles e o display (2) indica qual disquete virtual está ativo, de 00 a 99 - para não confundir criei uma planilha indicando o conteúdo de cada um, ficando assim a navegação bem mais fácil.

Para o PC e o sistema operacional o funcionamento é transparente e idêntico ao de uma unidade de disquete tradicional:

A preparação do pendrive

Para funcionar com o emulador o pendrive deve ser formatado por um programa específico que da mesma forma não acompanha o aparelho. Felizmente descobri um software compatível com este emulador, o qual é produzido pela empresa alemã Ipcas e pode ser baixado gratuitamente aqui.

Com o pendrive conectado, rode o programa como administrador. Clique com o botão direito sobre a letra da unidade do pendrive e clique em Format:

As opções de formatação permitem escolher a capacidade de cada disquete virtual bem como fazer com que os mesmos sejam discos de boot, sem dúvida uma mão na roda.

O software também conta com outras funções muito boas, como a possibilidade de gravar imagens nos formatos IMG e IMA diretamente nos disquetes virtuais.

Com um duplo clique sobre um dos disquetes virtuais é possível montá-lo para acrescentar e excluir arquivos diretamente pelo Windows. Após as operações é necessário clicar com o botão direito sobre o disquete montado e selecionar Save para gravar as alterações.

Os disquetes virtuais possuem as mesmas características de um disquete verdadeiro:

Concluindo, este dispositivo é muito útil para quem ainda precisa manipular disquetes, como os aficionados por hardware clássico e também para os que possuem teclados e sintetizadores mais antigos que utilizem tais unidades. Sem dúvida passa longe do charme de uma unidade tradicional, porém é inegavelmente prático e funcional.