Como não estou na lista de recebedores de hardware para testes e tampouco tenho dinheiro para comprá-los, novamente pego emprestado um ensaio do ótimo site Clube do Hardware. A comparação desta vez é entre o topo de linha Core i7 7700K e os meus cacarecos velhos 3770K e 2500K. Confira!
i7 7700K vs i7 3770K @ 4,7 GHz
Assim como no comparativo com o Core i5 7600K, novamente tomo como referência o ensaio feito com os módulos de memória Corsair Vengeance. Aqui a disputa foi bem mais equilibrada, e os resultados com o GTA V merecem um esclarecimento: o teste do Clube do Hardware foi feito com uma GeForce GTX 1080 a 1080p, enquanto que o meu foi com as minhas antigas GTX 760 a 1440p. Infelizmente os benchmarks com o SLI de GTX 1070 ainda não estão prontos.
i7 7700K vs i5 2500K @ 4,8 GHz
Aqui o i7 mostra uma superioridade consistente, mas não fez mais do que a obrigação. Houve um empate técnico no PCMark 8 Home (isto indica que, caso você use o PC para tarefas simples, um processador lançado em 2011 ainda é plenamente suficiente), e no Work houve a vitória do 7700K por inexpressivos 9%. Já o Cinebench R15 é fortemente dependente do número de threads do processador, e mesmo com o i7 possuindo o dobro delas a diferença ficou somente na casa dos 50%, bem longe do dobro.
No 3DMark o Clube do Hardware utilizou o vídeo integrado Intel HD 630, o qual levou uma surra memorável de uma GPU lançada em 2009, a Radeon HD 5970 que equipa o sistema com o 2500K. Já o GTA V foi mantido na lista apenas por uma mórbida curiosidade, dado o abismo que separa as placas de vídeo utilizadas (HD 5970 vs GTX 1080).
Overclock
O pessoal do Clube do Hardware conseguiu atingir apenas 4,9 GHz com estabilidade no 7700K, o que é bem pouco se considerarmos que a sua frequência base é de 4,2 GHz e a turbo é 4,5 GHz. Como escrevi no comparativo com o 7600K, qualquer Sandy ou Ivy Bridge “K” consegue obter 4,5 GHz sem muito esforço, basta substituir a porcaria do cooler box da Intel por outro. E nem precisa ser um modelo caro: um simples Cooler Master Hyper TX3 Evo que custa menos de cem temers (na data de publicação desta postagem) é capaz de manter a temperatura do 2500K @ 4,8 GHz sob controle numa boa.
Conclusão
O que já havia sido observado no comparativo com o 7600K foi reforçado aqui: a evolução em desempenho dentre as gerações dos processadores da Intel é simplesmente ridícula e mostra o perigo de um mercado sem competição. Felizmente os AMD Ryzen chegaram incomodando e já forçaram a Intel a realizar uma redução dos preços dos seus processadores: em um mercado competitivo, quem mais sai ganhando são os consumidores sem sombra de dúvida.
Veja também:
Tomara que os Ryzen venham com tudo e abaixe a crista da Intel.
ResponderExcluirJá está abaixando, visto que a Intel reduziu os preços dos seus processadores topo de linha por causa dos Ryzen. Viva a concorrência!
ExcluirProvavelmente ano que vem os Ryzen 2 ou Ryzen+ estarão aí, e se trouxerem algo em torno de 15% a mais de performance, talvez até mais, tendo em vista que alguns sites acreditam que a AMD lançou-os não totalmente finalizados, a Intel realmente estará em palpos de aranha, porque com placas-mãe mais baratas e processadores com um custo/benefício altamente competitivo, optar por um Intel ficará difícil, a não ser que eles vendam-os muito mais baratos do que agora, já que têm muita gordura financeira pra queimar.
ResponderExcluirDe toda forma, o jogo começou a se equilibrar, e to só no aguardo do Naples e ver a Intel ter que rebolar pra justificar os valores obscenos dos Xeon.
Concordo, a AMD tem tudo para voltar a ser a rainha do custo x benefício. O problema é que a Intel tem tanto dinheiro que pode se dar ao luxo de vender processadores sem lucrar ou mesmo com um pequeno prejuízo.
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