Serviço deixa de ser oferecido nas agências dos Correios a partir de hoje. Empresa derrubou ação movida pela Associação Brasileira de Franquias Postais que impedia o fim do e-Sedex.
Você, assim como este que vos escreve, costuma fazer compras on-line com frequência? Então prepare o bolso, pois o valor do frete para tais compras deverá subir substancialmente. Cabe às lojas que trabalham apenas com os Correios buscar outras formas de frete aos seus clientes, é o mínimo que espera-se.
Afinal de contas, se uma empresa acha que pode dar-se ao luxo de unilateralmente descontinuar o seu melhor serviço, então também deve estar preparada para a reação do mercado. O e-Sedex era uma das poucas coisas que prestavam nos Correios: com preços até que alinhados ao mercado (brasileiro) e prazo de entrega bastante razoável, era uma boa alternativa de frete.
Para este ano os Correios projetam um prejuízo de R$ 1,3 bilhão, fechando o quinto ano consecutivo no vermelho. Realmente tem que ser muito ruim para conseguir quebrar uma empresa como os Correios, e a conta pela incompetência sempre chega mais cedo ou mais tarde. Para os cidadãos.
E antes que me perguntem, não acredito que uma privatização à brasileira seja a solução: o que melhoraria para o país se os Correios forem vendidos a preço de banana para uma JBS ou Odebrecht da vida, e ainda por cima usando recursos do BNDES? O Brasil é provavelmente o único país do mundo que "empresta" dinheiro (as condições para o pagamento ao BNDES são tão favoráveis que isto nem pode ser considerado um empréstimo) a um terceiro para adquirir uma empresa sua.
O que poderia melhorar seria a abertura do mercado, ou seja, retirar o monopólio que os Correios tem para alguns serviços, fazendo assim com que a empresa passe a ter concorrentes. Mais ou menos como ocorre no setor bancário.
O crédito barato do BNDES aos "campeões nacionais" é bancado com nosso dinheiro. Ou pior: com dívida pública.
ResponderExcluirExatamente. Se livram de um "passivo" em troca de outro muito pior.
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