No final do milênio passado, quando a Microsoft era investigada por supostas práticas comerciais desleais, muitos diziam que o Windows não duraria muito. Ledo engano.
Depois da viagem no tempo através da publicidade, o amigo Wilquison Guio Coradi (novamente muito obrigado!) enviou-me esta outra preciosidade: um link de uma reportagem da Folha de S.Paulo de 11 de março de 1998, a qual reproduz um artigo do USA Today.
Na época a Microsoft era investigada pelo Comitê de Justiça do Senado norte-americano sobre uma suposta concorrência desleal do Windows, que então já tinha uma participação de 90% do mercado. Citarei aqui algumas frases icônicas da época, com os meus comentários logo abaixo:
(…) os rivais da Microsoft argumentaram que o "Windows", que está em 90% dos microcomputadores no mundo, não pode ser derrotado.
"Não vislumbro isso ocorrendo durante a minha vida", disse Jim Barksdale, presidente da Netscape. "É um monopólio muito, muito duradouro", acrescentou Scott McNealy, presidente da Sun.
Lembro-me bem dessa choradeira, muito embora concorde que a integração do Internet Explorer no Windows foi uma sacanagem com a Netscape.
Bill Gates, por seu lado, afirmou que não é nada disso e que a Microsoft está sempre vulnerável. A tecnologia está sempre evoluindo, e uma nova empresa pode desenvolver algo que derrube o sistema operacional.
Sem dúvida. O ano do Linux pode finalmente chegar! 😛
“Os sistemas operacionais costumam durar muito, mas não duram para sempre”, diz William Aspray, co-autor de "Computer: A History of the Information Machine" (Computador: A História da Máquina da Informação). Hoje, o "Windows" já enfrenta várias ameaças. A maior delas é a expansão da Internet, que trouxe consigo oxigênio para sistemas como o da Netscape ou a linguagem "Java", da Sun.
O autor William Aspray acertou em cheio sobre a expansão da Internet. Ele prossegue:
Por enquanto, ninguém consegue dizer como será o computador ou seu equivalente do ano 2010. Mas dificilmente ele usará "Windows".
Aqui ele errou feio! Claro que, salvo se você tiver as aptidões da mãe Dinah ou do pai Ambrósio, prever o futuro ainda mais em tecnologia não é fácil. Quem se arrisca a dizer o que teremos em 2027? No ano que vem? No próximo mês? É como Bill Gates escreveu no livro A Estrada Do Futuro de 1995, onde ele tentava prever o futuro:
O que eu acertar será considerado óbvio. O que eu errar, cômico.
E fim de papo.
Naturalmente que não podemos esquecer do impacto dos smartphones no nosso modo de vida. Se você parar pra analisar, a maior parte das operações tecnológicas que fazemos é feita a partir de um celular, cujo mercado é dominado por Android e iOS. O Windows ainda domina o mercado de desktops e notebooks, o problema é que os desktops e os notebook estão perdendo sua relevância, principalmente para os mais jovens.
ResponderExcluirSim, mas um smartphone sem conteúdo para consumir não serve para muita coisa, e o melhor meio de produzir conteúdo ainda é o velho e bom desktop... :-)
Excluirhttp://www.michaelrigo.com/2014/02/o-pc-esta-morto.html
E servidores continuarão requerendo sistemas operacionais e hardware de gente grande. Seja Windows Server, GNU/Linux, ou algum sabor dos BSDs.
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