A primeira vez que fiz um overclock foi com um Pentium MMX 200 MHz em 1997, e desde então todos os meus processadores sempre rodaram “turbinados”. Passados mais de vinte anos, coube ao Ryzen 2700X a "honra" de encerrar este ciclo.
Puxando de cabeça, este é o meu histórico de overclocks:
- 1997: Intel Pentium MMX 200 @ 225 MHz (FSB aumentado para 75 MHz na Asus VX97)
- 2000: AMD K6-III 400 @ 420 MHz (FSB aumentado para 105 MHz na Asus P5S-B)
- 2001: AMD Athlon Thunderbird B 1200 @ 1344 MHz (FSB aumentado para 112 MHz na porcaria da Asus A7V-E);
- 2003: AMD Athlon XP 2200+ 1800 @ 2100 MHz (FSB aumentado para 333 MHz na lendária Asus A7V333 Rev. 2.0 com o Via KT333CF);
- 2005: AMD Athlon XP 2500+ @ 3200+ (FSB aumentado para 400 MHz na Asus A7N8X-X);
- 2007: AMD Athlon 64 3200+ 2000 @ 2500 MHz (frequência base aumentada para 250 MHz na Asus A8V);
- 2008: Intel Core 2 Quad Q6600 2400 @ 3200 MHz (FSB aumentado para 400 MHz na Gigabyte EP45-UD3L);
- 2011: Intel Core i7 2600K 3400 @ 4500 MHz (multiplicador aumentado para 45 na Gigabyte Z68X-UD3-B3);
- 2014: Intel Core i7 3770K 3500 @ 4500 MHz (multiplicador aumentado para 45 na Gigabyte Z77X-UP7);
- 2017: AMD Ryzen 7 1700 3000 @ 4000 MHz (multiplicador aumentado para 40 na AsRock X370 Fatal1ty X370 Gaming K4, a bomba que deu BO).
Um ensaio com o lendário Core i7 2600K. Sinistro! |
Mas qual seria o motivo do Ryzen 7 2700X ter encerrado o longo histórico de overclock? Vamos tirar isso a limpo!
O que será comparado aqui é o desempenho do Ryzen 7 2700X nos ajustes padrão, com o XFR e o Precision Boost ativados, e com todos os núcleos “travados” em 4,3 GHz conforme mostrado abaixo:
Em ambos os cenários a RAM estará rodando a 3066 MHz com as temporizações mostradas abaixo:
A configuração básica é a seguinte:
Como sempre, abra a página de benchmarks modernos para uma melhor comparação. 😉
A diferença entre o sistema em overclock e o padrão ficou na casa dos 7%.
Neste teste em DirectX 12 não houve diferença.
No clássico Fire Strike a diferença foi de 6,5%.
Aqui a diferença ficou nos 4%.
No pioneiro teste em DirectX 11 a diferença mal passou do 1%.
No cenário com todas as threads ativas a diferença foi de 7%, enquanto que no índice de uma thread apenas e no OpenGL não houve diferença.
O mesmo ocorreu aqui: 5% a mais com todas as threads ativas e sem diferença com uma thread apenas.
Já no popular software de compactação de arquivos houve cerca de 4% de ganho nos dois cenários.
Aqui a diferença não chegou aos 3%.
Enquanto que na versão mais recente da suíte não houve diferença.
O índice de CPU apresentou o maior ganho do ensaio, passando dos 8%, enquanto o de GPU não apresentou variação, o que é lógico pois as placas de vídeo são as mesmas.
O Ryzen em overclock teve uma redução de apenas 5,6% no tempo para concluir o processo.
Realmente o Ryzen 7 2700X entrega o mesmo nível de desempenho de um sistema “turbinado” out of the box, até mesmo para quem nunca fez overclock na vida e que deixa todos os ajustes do Setup da placa-mãe no “Auto”. É um bom diferencial do produto topo de linha da série, o que justifica a diferença de preço em relação ao 2700 "normal" para uma grande parcela do público consumidor.
Mesmo para os "macacos velhos" do overclock como este que vos escreve, simplesmente não há sentido lidar com questões como o maior aquecimento, maior nível de ruído e ter que arriscar com tensões de alimentação elevadas (imaginem perder um processador desse com o dólar as alturas como agora?) para um ganho de, no máximo, 8%. Sem dúvida a AMD fez um bom trabalho na segunda revisão das tecnologias Precision Boost e XFR.
Benchmarks
O que será comparado aqui é o desempenho do Ryzen 7 2700X nos ajustes padrão, com o XFR e o Precision Boost ativados, e com todos os núcleos “travados” em 4,3 GHz conforme mostrado abaixo:
Em ambos os cenários a RAM estará rodando a 3066 MHz com as temporizações mostradas abaixo:
A configuração básica é a seguinte:
- Processador AMD Ryzen 7 2700X;
- Placa-mãe Asus Prime X470-Pro;
- 32 GB de RAM Kingston HyperX Fury DDR4-2133 @ 3066;
- 2x Nvidia GeForce GTX 1070 de 8 GB em SLI (Gigabyte Windforce OC);
- SSD Samsung 960 EVO;
- Watercooler Corsair H100i;
- Fonte de alimentação XFX ProSeries de 1250 W;
- Gabinete Corsair Carbide 500R;
- Monitor Dell S2716DG;
- Windows 10 April 2018 Update.
Como sempre, abra a página de benchmarks modernos para uma melhor comparação. 😉
PCMark 10
A diferença entre o sistema em overclock e o padrão ficou na casa dos 7%.
3DMark Time Spy
Neste teste em DirectX 12 não houve diferença.
3DMark Fire Strike
No clássico Fire Strike a diferença foi de 6,5%.
3DMark Sky Diver
Aqui a diferença ficou nos 4%.
3DMark 11
No pioneiro teste em DirectX 11 a diferença mal passou do 1%.
Cinebench R15
No cenário com todas as threads ativas a diferença foi de 7%, enquanto que no índice de uma thread apenas e no OpenGL não houve diferença.
CPU-Z
O mesmo ocorreu aqui: 5% a mais com todas as threads ativas e sem diferença com uma thread apenas.
7-Zip
Já no popular software de compactação de arquivos houve cerca de 4% de ganho nos dois cenários.
Unigine Valley
Aqui a diferença não chegou aos 3%.
Unigine Superposition
Enquanto que na versão mais recente da suíte não houve diferença.
V-Ray
O índice de CPU apresentou o maior ganho do ensaio, passando dos 8%, enquanto o de GPU não apresentou variação, o que é lógico pois as placas de vídeo são as mesmas.
Handbrake
O Ryzen em overclock teve uma redução de apenas 5,6% no tempo para concluir o processo.
Conclusão
Realmente o Ryzen 7 2700X entrega o mesmo nível de desempenho de um sistema “turbinado” out of the box, até mesmo para quem nunca fez overclock na vida e que deixa todos os ajustes do Setup da placa-mãe no “Auto”. É um bom diferencial do produto topo de linha da série, o que justifica a diferença de preço em relação ao 2700 "normal" para uma grande parcela do público consumidor.
Mesmo para os "macacos velhos" do overclock como este que vos escreve, simplesmente não há sentido lidar com questões como o maior aquecimento, maior nível de ruído e ter que arriscar com tensões de alimentação elevadas (imaginem perder um processador desse com o dólar as alturas como agora?) para um ganho de, no máximo, 8%. Sem dúvida a AMD fez um bom trabalho na segunda revisão das tecnologias Precision Boost e XFR.
Olha, na minha sincera opinião, eu nunca gostei e não gosto de overclock, principalmente nos processadores antigos, por dois motivos: pelo ganho de performance ser muito pouco e por ser de difícil substituição caso o danifique. Agora nos atuais vale o que você escreveu aí em cima, o dólar está muito alto para perder dinheiro fácil.
ResponderExcluirPois é. Estou pensando seriamente em parar de fazer overclock nos processadores antigos justamente por isso, se perder muitas vezes é difícil de obter novamente.
ExcluirE quanto aos novos, ficar perdendo dinheiro realmente é complicado, ainda mais eu que já perdi um lendário 2600K devido a isso.
https://www.michaelrigo.com/2014/09/core-i7-2600k-oficialmente-declarado-morto.html
Realmente. Eu tenho um 2700x vindo de um fx8300. A linha fx não tem como usar sem overclock, que deu uma boa sobrevida pra esse processador. Mas esse 2700x parece que já vem no limite, e já entrega uma boa performance. Imagino que a sobrevida desse processador seja o número de núcleos, visto que ainda hoje se faz jogos visando 4 cores apenas.
ResponderExcluirEu já estou semelhante à você, venho de um FX6300 que uso em 3,8 e foi valente, agora indo para um Ryzen 2700 que é 3,2 e usarei em 3.6 com ddr 3200, tenho certeza que terei ganho bom em desempenho, agora o 2700x já é overclocado de fábrica não tem muita margem para subir mesmo.
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