Já fiz diversos ensaios aqui no blog com processadores Pentium MMX, porém gostaria de apresentar também este modelo de 166 MHz, o primeiro desta família de processadores. Confira!
O conjunto de instruções MMX
Apresentado com toda a pompa e circunstância pela Intel em 1996, o conjunto de instruções MMX consiste em oito novos registradores de 64 bits adicionados à arquitetura x86, nomeados de MM0 a MM7. Além de uma instrução de 64 bits, cada um deles também pode processar duas instruções de 32 bits, quatro de 16 bits e oito de 8 bits simultaneamente.
A principal premissa do conjunto MMX era desafogar o processador para o cálculo de inteiros (o conjunto de instruções somente processa este tipo de dados), porém para tanto as aplicações precisavam ser recompiladas para incluir suporte à tecnologia e usar os novos registradores. Desta forma, em aplicações sem otimização não haveria diferença de desempenho entre um Pentium (que passou a ser chamado de clássico) e um Pentium MMX operando na mesma frequência, o que fez a Intel aumentar a memória cache L1 do Pentium MMX de 16 KB para 32 KB, e este fator é o que explica os ganhos de performance do MMX sobre o Pentium clássico na grande maioria dos casos.
Como curiosidade, as instruções MMX acabaram ganhando o nome não-oficial de MultiMedia eXtensions, muito embora segundo a Intel o código MMX não significa nenhum nome em especial. Devido à necessidade de serem recompiladas, o número de aplicações compatíveis foi muito aquém do que a Intel desejava.
O encapsulamento
Em relação ao Pentium MMX de 233 MHz utilizado na série Rebuild #2, a principal diferença entre os processadores é o encapsulamento: enquanto que o modelo de 233 MHz é PPGA, o de 166 MHz apresentado aqui utiliza o mesmo encapsulamento cerâmico (CPGA) do Pentium clássico e do 80486:
Para efeito de comparação, eis o modelo de 233 MHz PPGA:
Características técnicas e montagem
Retornando ao MMX de 166 MHz, tirando obviamente a frequência de operação e o já citado encapsulamento, as suas características técnicas são as mesmas do modelo de maior frequência, a saber:
- Frequência do barramento frontal de 66 MHz;
- Cache L1 de 32 KB;
- Conjunto de instruções MMX (oito registradores de 64 bits, nomeados de MM0 a MM7);
- Tensão de alimentação de 2,8 V;
- Litografia de 0,35 µm;
- Plataforma soquete 7.
Aqui vemos o Pentium MMX instalado na placa-mãe Asus P5S-B, com o restante do hardware sendo o mesmo do já citado projeto Rebuild #2.
Mesmo em processadores antigos não dispenso a pasta térmica.
Benchmarks
Continuando com a metodologia que adotei a partir do ensaio com o K5, mostrarei os resultados compilados em uma tabela e tecerei comentários sobre os destaques. Acompanhe na página de benchmarks clássicos os comparativos de todos os processadores testados até hoje no blog.
Teste | Resultado |
Norton System Info 6.01 CPU (Score) | 567,6 |
Norton System Info 6.01 Disk (Score) | - |
Norton System Info 6.01 System (Score) | - |
3DBench 1.0 (FPS) | 25 |
3DBench 1.0c (FPS) | 123,8 |
SpeedSYS 4.78 CPU (Score) | 126,2 |
Chris´s 3D (Score) | 187,9 |
PC-Config 8.20 CPU (Score) | 35,0 |
Doom - Demo 2 – 320 X 240 (FPS) | 93,7 |
Doom II - Demo 2 – 320 X 240 (FPS) | 108,4 |
Super PI 1M (Segundos) | 887 |
Quake - Demo 2 – 320 X 240 (FPS) | 30,6 |
GLQuake - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 33,3 |
3DMark 99 Max (Score) | 789 |
3DMark 99 Max CPU (Score) | 1215 |
3DMark 2000 Pro (Score) | 324 |
Sandra 99 CPU (MIPS) | 423 |
Sandra 99 FPU (MFLOPS) | 191 |
Sandra 99 Memory Bandwidth (MB/s) | 74 |
Sandra 99 Drive Benchmark (Score) | - |
Quake II OpenGL - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 25,4 |
Quake III OpenGL - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | - |
Unreal Tournament 99 - City intro – 640 X 480 (FPS) | - |
De um modo geral, o Pentium MMX de 166 MHz ficou na mesma toada do Pentium clássico e do K5, ambos em overclock, com variações entre eles na casa dos 10%. O processador da AMD apenas ficou para trás dos Pentiums nas aplicações que usam com mais intensidade o coprocessador aritmético, como os Quakes, o Sandra 99 FPU e o Super PI.
Na próxima parte o Pentium MMX será consideravelmente mais exigido em overclock. Até!
Bom dia... qual a marca desta pasta termica? ... Já tive casos de ter q lavar esses processadores com esse tipo de encapsulamento com álcool isopropilico devido o mal contato que a pasta impregnada causava nos pinos. ..
ResponderExcluirUso a Implastec mesmo, da mais barata. Não tive problemas até o momento.
ExcluirOlá!
ExcluirAcho que deve ser uma caracteristica da maioria das pastas termicas. Há pouco tempo li um artigo que recomendava nunca exceder a area e a quantidade de pasta, evitando espalhar para outras areas tais como contatos, etc.
Eduardo, essa pasta térmica branca é a comum usada em Eletrônica. A marca é Implastec. É muito barata, funciona direito e pode ser encontrada em qualquer loja de componentes e ferramentas para eletrônica. E o uso é mínimo mesmo, como na foto acima, a pasta deve cobrir toda a área de contato entre o encapsulamento do componente e o dissipador, mas deve ser apenas o suficiente para preencher os minúsculos vãos que existem entre as mesmas superfícies.
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