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Rebuild #4: God Of Thunder (Parte 2 – Montagem e configuração)

Neste segundo episódio da quarta temporada da série Rebuild mostrarei a montagem e configuração do Athlon Thunderbird. Confira!


Antes de iniciarmos, vale a pena lembrar que todos os componentes foram apresentados com riqueza de detalhes na primeira parte da série. Assim, para quaisquer dúvidas confira lá. 😉

A montagem

Aqui vemos o glorioso Thunder instalado na igualmente clássica Asus A7V133-C:


Aplico pasta térmica sempre, ainda mais em um processador “esquentadinho” como o Thunderbird:


Com o Thermaltake Volcano 6cu instalado. A pressão da presilha desse cooler é bastante forte, sendo necessário o uso de uma chave de fenda para prender o clipe de fixação na unha do soquete.


A presilha conta com um chanfro para o posicionamento da chave de fenda. De qualquer modo, muito cuidado para a chave não escapar e acertar uma trilha da placa-mãe, um acidente que pode inutilizar a placa! É mais jeito do que força. 😉


A placa-mãe já fixada no gabinete, com o módulo de memória também instalado:


Finalizando a montagem (sim, eu sou péssimo em arrumar os cabos... 😨):



Ligando para testar. Tudo OK! 😀


Gabinete clássico do início do milênio. Eu até lavei ele como mostro aqui, porém algumas manchas são de difícil remoção.



Configuração

O setup Award da Asus A7V133. Clássico!


Com a placa-mãe configurada no modo jumperless quase todos os ajustes podem ser feitos pelo setup, apenas a tensão de alimentação do processador deve ser alterada por dip switches. Como não a modificarei está de boa.

O Athlon Thunderbird deste ensaio é um modelo “B”, e assim usa a frequência do barramento frontal em 100 MHz DDR. Uma boa característica do chipset Via KT133A é permitir que os módulos de memória rodem em 133 MHz mesmo com o barramento frontal em 100 MHz, no caso SDR (uma transferência por ciclo) pois os módulos são PC133.


As configurações do chipset. Um ajuste aqui é particularmente importante: o Delayed Transaction. Quando habilitado, este ajuste faz com que o controlador do barramento PCI acumule transações até chegar a 32 bits (que é a largura do PCI, veja mais detalhes aqui), fazendo assim uma única transmissão e reduzindo a saturação do barramento.

Apesar de bom na teoria, o Delayed Transaction causava problemas com alguns dispositivos, como certas placas de som (notoriamente as Sound Blaster Live) e controladoras de disco discretas, tanto IDE ou SCSI.


O Athlon Thunderbird realmente é “cabeça quente”.


Com tudo configurado, é hora de instalar os sistemas operacionais e drivers. Abro um parêntese: antes de usar o disco rígido Quantum Fireball Plus AS, eu tinha a intenção de usar esse também clássico IBM Deskstar 75GXP. Porém desde a época era reportado que esse modelo tinha sérios problemas de durabilidade (ele usa discos de vidro), tanto que ganhou o apelido de Deathstar, uma alusão à Estrela da Morte dos filmes Star Wars. 

Assim, não foi uma surpresa constatar que este disco estava completamente morto, nem detectado ele é. Uma pena. Ainda bem que consegui ele quase de graça.


Voltando ao tópico, assim deixei organizadas as partições do disco rígido após a instalação dos sistemas operacionais:


Com os Windows instalados, bora configurar os drivers. O Via Service Pack, mais conhecido na época como Via 4in1, é um pacote de drivers para o chipset (nas versões mais recentes ele foi renomeado para Via Hyperion). A versão 4.43 é a recomendada para os chipsets mais antigos, como os KT133 e KT133A.


Driver da Nvidia instalado (ForceWare 81.98):


Como ficou a configuração final do hardware, conforme mostrado pelo gerenciador de dispositivos do Windows 2000:


Um abraço e até a próxima!

Comentários

  1. Bacana!
    Eu fico com receio mesmo com esses clips de cooler apertados e duros.
    Michael, descobri uma coisa muito interessante e que se funciona mesmo, muitos colecionadores de hardware antigo vão gostar!
    O nome é “Retrobright”. É uma solução caseira de agua oxigenada, oxi clean ou vanish pó, etc em luz ultra violeta ou sol, que deixam o velho painel amarelado como novo.
    Eu já comprei os produtos mas ainda não tive tempo de testar.
    Existem muitas variações da formula. Procure em sites em ingles.

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    Respostas
    1. Eu já tinha ouvido falar sobre o retrobright, qualquer hora dessas eu testo. Muito embora eu não fique incomodado com o amarelado dos painéis, acho um certo charme até. :-)

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    2. Sim, embora limpando com o "retrobright" evita de mais pessoas estarem pintando o painel, o que tira de vez a originalidade. (eu já fiz essa grande m###!!!)

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