Na quarta parte série sobre o Thunder o levarei até o seu limite. Aliás, não apenas ele, mas também a GeForce 4 MX440. Confira!
Fazendo uma retrospectiva da quarta temporada da série Rebuild, na primeira parte foram apresentados os componentes, na segunda foi mostrada a montagem e na terceira foram realizados os benchmarks. Como sempre, os resultados de todos os sistemas já testados pelo blog estão na página de benchmarks clássicos. 😉
Thunder no limite
Antes de proceder com um maior aumento da frequência do barramento frontal (método que eu sempre prefiro ao fazer overclock em sistemas antigos), eu procurei descobrir o potencial máximo de overclock do Athlon Thunderbird AXIA sem alterar a tensão de alimentação, uma cautela extra para mitigar as chances de danificar estes componentes antigos.
Após alguns testes, cheguei ao valor de 1350~1370 MHz como a frequência máxima estável com a tensão de alimentação padrão. Na época o pessoal conseguia até uns 1450 MHz nos AXIA aumentando a tensão para 1,85 V (o padrão é 1,75 V), porém este é um risco que prefiro não assumir.
Com esta definição, passei a buscar a maior frequência do barramento frontal suportado pelo chipset Via KT133A e pelo módulo de memória com estabilidade. Consegui chegar a 142 MHz, um valor muito respeitável, conforme podemos observar abaixo:
Com o barramento frontal em 142 MHz as seguintes frequências também são alteradas:
- Interface da memória: 133 – 142 MHz;
- AGP: 66 – 71 MHz;
- PCI: 33 – 35,5 MHz.
O sistema até inicializa e roda a maioria dos benchmarks com o barramento frontal em 145 MHz (e o processador em 1377 MHz), porém ele não consegue completar o Super Pi sem dar erro.
Os resultados dos testes estão na tabela. Houveram ganhos bastante consistentes e interessantes, considerando o risco praticamente nulo do procedimento efetuado. Nem mesmo a temperatura do processador teve uma alteração digna de nota.
Teste | Thunderbird C | Overclock | Diferença |
3DBench 1.0c (FPS) | 407,4 | 435,1 | 6,37% |
SpeedSYS 4.78 CPU (Score) | 1443,9 | 1613,5 | 10,51% |
Chris´s 3D (Score) | 709,6 | 761,6 | 6,83% |
Doom - Demo 2 – 320 X 240 (FPS) | 156,2 | 164,3 | 4,93% |
Doom II - Demo 2 – 320 X 240 (FPS) | 212,2 | 223,7 | 5,14% |
Super PI 1M (Segundos) | 129 | 118 | -9,32% |
Quake - Demo 2 – 320 X 240 (FPS) | 177,6 | 191,6 | 7,31% |
GLQuake - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 308,5 | 317,6 | 2,87% |
3DMark 99 Max (Score) | 8048 | 8753 | 8,05% |
3DMark 99 Max CPU (Score) | 18221 | 20056 | 9,15% |
3DMark 2000 Pro (Score) | 5928 | 6469 | 8,36% |
Sandra 99 CPU (MIPS) | 4098 | 4595 | 10,82% |
Sandra 99 FPU (MFLOPS) | 1604 | 1803 | 11,04% |
Sandra 99 Memory Bandwidth (MB/s) | 296 | 326 | 9,20% |
Quake II OpenGL - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 217,1 | 238,5 | 8,97% |
Quake III OpenGL - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 127,7 | 139,2 | 8,26% |
Unreal Tournament 99 - City intro – 640 X 480 (FPS) | 59,9 | 68,3 | 12,30% |
3DMark 2001 SE (Score) | 4111 | 4443 | 7,47% |
Unreal Tournament 2003 Flyby – 800 X 600 (FPS) | 81,8 | 84,8 | 3,54% |
Unreal Tournament 2003 Botmatch – 800 X 600 (FPS) | 33,1 | 36,4 | 9,07% |
Turbinando a MX440
O primeiro passo para fazer overclock em uma placa de vídeo é definir o meio para o procedimento, que pode ser por um software externo ou por uma interface do próprio driver, quando há esta possibilidade.
Nos drivers antigos da Nvidia há um truque que o pessoal fazia muito na época, chamado de “Coolbits”, que consiste em algumas modificações no registro do Windows para ativar a interface de controle de frequências do próprio driver. Para tanto, basta colar a linha abaixo no Bloco de Notas e salvar o arquivo com a extensão .reg (o nome pode ser qualquer um) e em seguida rodar o arquivo .reg criado:
REGEDIT4[HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\NVIDIACorporation\Global\NvTweak]"CoolBits"=dword:00000003
Os que tiverem familiaridade com o Editor de Registro do Windows (regedit.exe) podem fazer o procedimento manualmente, nos meus testes o truque funcionou tanto no Windows 98 SE quanto no 2000. A opção de alteração das frequências fica habilitada nas opções do painel de controle do driver, permitindo observar que a minha GeForce 4 MX440 está operando nas frequências esperadas:
A minha intenção era fazer a MX440 operar nas mesmas frequências da MX460, que é a topo de linha das GF4 MX, que são de 300 MHz para o chip e 450 MHz (225 MHz DDR) para a interface da memória de vídeo.
Consegui os 450 MHz na memória tranquilamente, porém para o chip consegui no máximo 290 MHz, em 300 MHz há travamento no 3DMark 2001 SE. De qualquer modo foi um bom resultado, com a minha MX440 assim tornando-se “quase” uma MX460.
Porém os resultados dos benchmarks gráficos não mostraram grandes ganhos (o melhor foi o UT99 com quase 8%). Dado o preço bem mais elevado na época, realmente a MX460 foi um péssimo custo x benefício.
Teste | MX 440 | MX 440 OC | Diferença |
GLQuake - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 317,6 | 317,8 | 0,06% |
3DMark 99 Max (Score) | 8753 | 8791 | 0,43% |
3DMark 2000 Pro (Score) | 6469 | 6447 | -0,34% |
Quake II OpenGL - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 238,5 | 235,1 | -1,45% |
Quake III OpenGL - Demo 2 – 640 X 480 (FPS) | 139,2 | 138,5 | -0,51% |
Unreal Tournament 99 - City intro – 640 X 480 (FPS) | 68,3 | 74,2 | 7,95% |
3DMark 2001 SE (Score) | 4443 | 4593 | 3,27% |
Unreal Tournament 2003 Flyby – 800 X 600 (FPS) | 84,8 | 88,1 | 3,75% |
Unreal Tournament 2003 Botmatch – 800 X 600 (FPS) | 36,4 | 36,0 | -1,11% |
Bônus
A montagem do Thunder também me fez resgatar a minha mídia original do GTA III, bons tempos! Até deu vontade de jogar novamente, mas infelizmente time que é good eu num have.
Até a próxima!
Beleza de overclock!!!
ResponderExcluirComo diz a música, "que coisa, que coisa maravilhosa". O que é um Pentium 4 perto de um Athlon? Parabéns por encher nossos olhos com essa pornografia tecnológica maravilhosa. E sobre as GeForce, quando essas MX 400 saíram eu adoraria ter uma 460, óbvio, era a topo de linha, mas só recentemente soube o quanto elas eram um desperdício de dinheiro.
ResponderExcluirManda mais dessa pornografia que tá bom demais! :D
Valeu pessoal! :-)
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