Liberdade é tudo. Neste tutorial mostrarei como usar os dois melhores sistemas operacionais da atualidade no mesmo PC, sem dor de cabeça!
Preparando as unidades de armazenamento
Antes de começar recomendo fazer um pequeno planejamento prévio de como os dois sistemas operacionais conviverão no PC, como o que eu fiz aqui. Para este tutorial simulei um PC típico, com um SSD de 240 GB como unidade de boot e um disco rígido de 1 TB para o armazenamento de dados, com o Windows 10 November 2019 Update já instalado, como exibido abaixo - acredito que a instalação do Windows 10 não seja segredo para ninguém.
O primeiro passo é liberar algum espaço na unidade de boot para o Ubuntu, o que pode ser feito pelo utilitário Gerenciamento de disco do Windows. Para tanto, basta clicar com o botão direito na partição de instalação do Windows (a C:) e selecionar Diminuir Volume.
O campo “Digite o espaço a diminuir” é onde definimos o espaço em disco que será usado pelo Linux. De um modo geral, 80 GB estão de bom tamanho.
Em seguida devemos fazer o procedimento análogo para a partição de armazenamento de dados. Tudo depende da quantidade de dados que será gerenciada por cada sistema, aqui reservei cerca de 300 GB para o Ubuntu. O resultado ficou assim:
Instalando o Ubuntu
Agora já podemos iniciar o PC a partir da mídia de instalação do Ubuntu, que pode ser um DVD (caso o equipamento ainda tenha uma unidade óptica, em extinção) ou um pendrive, facilmente gerado no Windows por utilitários como o Rufus. Para tanto é necessário entrar no Setup da placa-mãe para iniciar o PC pela mídia do Ubuntu, o que é feito pelas opções presentes no menu “Boot”, como o exibido abaixo, mas isto pode variar conforme a marca e modelo da placa-mãe. Para entrar no Setup geralmente é preciso pressionar a tecla DEL ou F1 antes da carga do sistema operacional, mas isto também pode variar conforme a placa-mãe.
Com o PC inicializado pela mídia do Ubuntu, escolha a opção de instalação do sistema:
Na seleção do layout do teclado, caso você não tenha um modelo ABNT2 (com Ç) deve selecionar a opção “Inglês – EUA (EUA, intern. alt.)”. Neste caso, para digitar a cedilha deve ser usada a combinação de teclas Alt + , + C.
Selecione a instalação padrão e a opção de softwares de terceiros para hardware (as atualizações podem ficar para depois).
No tipo de instalação, selecione a opção avançada. Afinal, queremos ter total controle sobre onde o sistema será alocado.
No utilitário de particionamento, clique sobre o espaço livre na unidade de boot e em seguida no botão “+”.
Use o espaço disponível com o sistema de arquivos ext4 e ponto de montagem /, que no Linux equivale ao C: do Windows.
Agora faça o mesmo procedimento no disco de armazenamento de dados, porém usando o ponto de montagem /home, que equivale à pasta “Meus Documentos” no Windows. Independente do sistema operacional, sempre deve-se deixar os seus dados pessoais em uma partição ou unidade separada daquela do sistema.
Usar ou não uma partição de swap?
Fica a seu critério. Teoricamente uma partição dedicada para o swap possui um desempenho superior, porém usar um arquivo de troca é muito mais flexível. Caso você seja mais tradicionalista e prefira um Linux com partição de swap dedicada, basta criar uma partição com este sistema de arquivos. O tamanho geralmente pode ser de 50% a 100% da quantidade de RAM instalada.
O gerenciador de boot (GRUB) deve ser instalado na unidade de boot. O resultado ficou assim:
Pode continuar sem medo de ser feliz!
Restam apenas algumas poucas operações, como a definição do fuso horário:
E o do usuário para utilização do sistema:
Agora é só relaxar e aguardar o final da instalação...
É importante ter uma conexão à Internet durante a instalação, pois alguns pacotes como os dos idiomas são baixados:
Agora é só reiniciar o PC. Quando solicitado, remova a mídia de instalação do Ubuntu.
Iniciando o Ubuntu pela primeira vez
Após o PC reiniciar, a tela de seleção do GRUB será exibida:
Na primeira inicialização do Ubuntu são exibidas algumas opções de personalização do sistema. Vai do gosto de cada um.
Bônus – ativando o arquivo de swap
Como bem lembrado por diversos amigos na supracitada postagem sobre o planejamento, como o Pentium MMX 233 e o Marcos FRM do blog Caixa Seca, ativar um arquivo de swap no Linux é relativamente fácil. Basta executar os seguintes comandos, sendo que o único parâmetro que deve ser alterado é o que define o tamanho do arquivo, que aqui é o “4G”.
Em seguida edite o arquivo fstab (que define a montagem das partições no Linux) e acrescente a última linha mostrada abaixo:
Agora basta reiniciar o PC ou rodar o comando abaixo para ativar o arquivo de swap:
É isso aí! Agora é hora de desfrutar dos melhores sistemas operacionais da atualidade diretamente no seu PC. Sem radicalismo! 😉
Muito bom!!!
ResponderExcluirDepois de tudo isso feito, eu costumo instalar o “grub-customizer” e dar uma carinha mais bonita no gerenciador grub, e no meu caso, alterar a ordem de boot com inicialização pelo windows, S.O. que ainda uso mais.
Legal! :-)
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