Chegou a hora de usar o Ubuntu no dia-a-dia! Compartilho aqui as minhas primeiras impressões sobre o sistema operacional após a sua implantação no meu PC de produção.
A instalação
Como eu já havia feito o planejamento para a alocação das partições ao longo das minhas unidades, a instalação ficou muito mais tranquila e livre de surpresas, com uma pequena exceção: no modo padrão o sistema travava durante o boot exibindo caracteres embaralhados, provavelmente causado por algum problema do driver Nouveau (o driver de código aberto para GPUs Nvidia) com a minha RTX 2080 Ti. Bastou usar a opção “Safe Graphics” para resolver o problema.
Dual boot entre o Ubuntu 19.10 e o Windows 10 gerenciado perfeitamente pelo GRUB no modo UEFI. Missão dada é missão cumprida! 👊
Uso e recursos
O Ubuntu 19.10 traz os drivers proprietários da Nvidia diretamente na imagem ISO, assim a minha placa de vídeo já estava plenamente operacional logo após a instalação, algo que nem o Windows 10 consegue fazer no meu PC.
O utilitário de configuração da Nvidia também está presente, muito bom!
Mudar a taxa de atualização do meu monitor (que é de 144 Hz) foi algo bem mais fácil do que no próprio Windows.
As 24 threads do meu Ryzen 9 3900X estão prontas para trabalhar! A configuração completa do meu PC pode ser vista aqui.
Sem precisar procurar um driver sequer e após poucos minutos, eu tinha um ambiente poderoso para trabalho e entretenimento, com os softwares que mais uso. Quem disse que o Linux é difícil de usar? 😎
Pense Michael, pense!
O Windows 10 foi mantido em dual-boot no meu PC unicamente para rodar jogos, sendo desta forma um “videogame de luxo”, tendo em vista que jogos são uma das poucas aplicações inviáveis para executar sob virtualização.
Para não ter que ficar reiniciando o PC toda hora para rodar alguns softwares “Windows only” que preciso usar por motivos profissionais, a minha ideia inicial era criar uma máquina virtual Windows bem parruda e executar tais softwares neste ambiente. Entretanto o Ubuntu traz o fantástico utilitário Remmina, que é compatível com diversos protocolos de acesso remoto, incluindo o RDP do Windows.
Como o meu PC secundário é o RGB Master, que também é um equipamento muito poderoso baseado no Ryzen 7 2700X e com 32 GB de RAM, decidi usá-lo como o meu “servidor” para executar aplicações Windows, certamente com um desempenho muito superior ao que eu teria com a máquina virtual. Em uma rede Gigabit Ethernet as respostas ficam com uma latência praticamente imperceptível, excelente!
O Remmina permite também criar pastas compartilhadas, de forma análoga do que temos nos gerenciadores de máquinas virtuais, o que é uma mão na roda. Em tempo, instalarei no RGB Master a placa AverMedia C127 e assim ele também será o meu PC de captura.
Enfim, nesta postagem eu mostrei as minhas impressões iniciais sobre o Ubuntu, após cinco anos sem usar qualquer distribuição Linux, e até o momento estou plenamente satisfeito com o resultado. Conforme eu for “mexendo” no sistema, publicarei mais conteúdo aqui no blog.
Longe de querer ser um daqueles “xiitas” chatos, digo que o Ubuntu é um sistema operacional muito bem projetado e desenvolvido, fundado sobre um kernel sólido que dispensa apresentações. Aos que tiverem algum desprendimento e interesse em aprender, vale muito a pena pensar "fora da caixa" (neste caso, da janela) e dar uma chance ao sistema. Você poderá se surpreender!
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