Não são apenas vírus como o H1N1 e o coronavírus que são altamente contagiosos. A burrice também o é, e o epicentro desta epidemia fica em Brasília!
Quando a Alemanha anunciou em 2016 que iria banir carros com motores a combustão a partir de 2030, fiz uma postagem onde eu humildemente critiquei a decisão do governo alemão, na qual também mencionei sobre o risco que havia de algum “gênio” de Brasília comprar a estapafúrdia ideia alemã.
Eu detesto soar como um profeta do apocalipse, mas na última semana fomos surpreendidos com a notícia de que o Projeto de Lei No. 304/2017 do ilustre senador Ciro Nogueira, que preconiza a proibição da venda de carros a gasolina e a diesel a partir de 2030 (os movidos a cachaça continuariam sendo permitidos, menos mal), foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ).
Segundo o nobre parlamentar, os motores movidos a combustíveis fósseis estão acabando com a atmosfera pelas emissões de dióxido de carbono. Ohhhhhhhhh! E agora, quem poderá nos salvar? Na visão da vossa excelência, os carros elétricos!
Será que alguém poderia dizer ao consagrado senador, e também às inteligências raras da CCJ que aprovaram o projeto, de que a geração da energia elétrica ocasiona grandes impactos ao meio-ambiente? E que as baterias dos carros elétricos, desde a sua manufatura ao seu descarte, poluem imensamente mais do que a queima dos combustíveis fósseis? E que os veículos elétricos em si emitem mais CO2 do que os movidos a diesel?
Distinto senador, os carros elétricos são pura hipocrisia sobre rodas. São um reflexo de uma sociedade igualmente hipócrita.
E antes que a turminha politicamente chata venha encher as minhas partes baixas, afirmo que vocês podem gostar dos carros elétricos à vontade. Burrice é achar que eles vão salvar o planeta.
Eu detesto soar como um profeta do apocalipse, mas na última semana fomos surpreendidos com a notícia de que o Projeto de Lei No. 304/2017 do ilustre senador Ciro Nogueira, que preconiza a proibição da venda de carros a gasolina e a diesel a partir de 2030 (os movidos a cachaça continuariam sendo permitidos, menos mal), foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ).
Segundo o nobre parlamentar, os motores movidos a combustíveis fósseis estão acabando com a atmosfera pelas emissões de dióxido de carbono. Ohhhhhhhhh! E agora, quem poderá nos salvar? Na visão da vossa excelência, os carros elétricos!
Será que alguém poderia dizer ao consagrado senador, e também às inteligências raras da CCJ que aprovaram o projeto, de que a geração da energia elétrica ocasiona grandes impactos ao meio-ambiente? E que as baterias dos carros elétricos, desde a sua manufatura ao seu descarte, poluem imensamente mais do que a queima dos combustíveis fósseis? E que os veículos elétricos em si emitem mais CO2 do que os movidos a diesel?
Distinto senador, os carros elétricos são pura hipocrisia sobre rodas. São um reflexo de uma sociedade igualmente hipócrita.
E antes que a turminha politicamente chata venha encher as minhas partes baixas, afirmo que vocês podem gostar dos carros elétricos à vontade. Burrice é achar que eles vão salvar o planeta.
Embora você não seja fã do contraditório, sua visão está um pouco distorcida. Quando um estado determina uma política pública de longo prazo, ele está gerando incentivo para que determinados processos ou tecnologias sejam desenvolvidos. O Pro-Álcool brasileiro foi considerado loucura há quase 50 anos; no entanto, tecnologias foram desenvolvidas para atendimento ao programa e hoje temos uma frota de veículos leves com potencial renovável reconhecido no mundo. Dizer que não serão admitidos combustíveis fósseis no futuro, em conjunto com outras políticas públicas regulatórias, são incentivos para o desenvolvimento de novas tecnologias. Não se pode olhar para o futuro com as lentes dos nossos óculos atuais; basta ver como as coisas mudaram nos últimos 20 anos.
ResponderExcluirEu já prefiro que o mercado se auto ajuste, sem a interferência governamental muitas vezes tomada sem quaisquer critérios técnicos ou científicos.
ExcluirQuando os carros elétricos se tornarem mais competitivos e eficientes em relação aos a combustão, certamente a própria economia de mercado tratará de extinguir os carros tradicionais, os relegando a nichos de colecionadores (da mesma forma que tem gente que coleciona carros antigos hoje). E tudo isso sem ter governos criando leis absurdas.
Você está considerando que apenas o "mercado" é origem de toda a inteligência da humanidade, quando em verdade as coisas não funcionam bem assim. O mercado produz inovação, sem dúvida, mas também se aproveita das inovações tecnológicas desenvolvidas em centros de pesquisa públicos ou privados, muitas vezes financiados pelos governos e suas agências de fomento. Dê uma olhada na indústria farmacêutica e veja quanto dinheiro público é aplicado nessa área.
ExcluirAdemais, o governo alemão está vendo algo muito mais à frente que o mercado: os refugiados climáticos. Se você não for um negacionista do aquecimento global, deve estar familiarizado com as previsões nada agradáveis relacionadas às secas, inundações, desertificação e outros fenômenos climáticos que afetarão mais severamente os países pobres e que provavelmente ocasionarão eventos de imigração muito piores que os atuais.
O mercado vai resolver isso também? Até onde eu sei, o governo mais liberal e mais pró-mercado que existe é o que mais controla suas fronteiras...
Coincidentemente, leio hoje reportagem interessante sobre baterias em um contexto nacional. Atentar para as instituições envolvidas e a provável fonte de recurso. https://sinteses.blogfolha.uol.com.br/2020/02/19/grupo-brasileiro-desenvolve-material-para-proxima-geracao-de-baterias/
ExcluirInteressante. Obrigado por compartilhar.
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