A Cray está montando um supercomputador baseado nas CPUs AMD Epyc e GPUs Nvidia Volta para a marinha do tio Trump. É o segundo baseado no Epyc anunciado recentemente.
Cray Shasta é o nome da besta: ostentando respeitáveis 12,8 petaflops de capacidade computacional, ingressará no seleto rol dos 20 supercomputadores mais poderosos do mundo assim que entrar em operação em 2021. Para tanto, o Shasta conta com nada menos do que 290.304 núcleos do processador AMD Epyc 7002, além de 112 GPUs Nvidia Volta (será que dá para fazer um 112-Way SLI?😛), tudo interconectado por uma rede de 200 Gb/S (chamada de Cray Slingshot). Complementam 590 TB de RAM e 14 PB de armazenamento, destes sendo 1 PB formado por SSDs NVMe.
O supercomputador será aplicado para o projeto de navios e aviões, além de modelagem ambiental e serviços meteorológicos, como o rastreamento de furacões e mensuração da intensidade dos mesmos. Mas será que ele conseguirá rodar o Crysis e o GTA IV com tudo no talo? 😁
Vale lembrar que este é o segundo anúncio recente de um supercomputador baseado no Epyc – o primeiro foi o Archer2, da Universidade de Edimburgo na Escócia.
Por fim, fica a pergunta: Lisa Su minha linda, quando o marketing da AMD sairá do coma? O fato de dois supercomputadores dentre os 20 mais poderosos do mundo contarem com os Epyc deveria ser devidamente explorado pelo marketing. Aliás, Lisinha minha gata, fique à vontade para fazer uma campanha publicitária aqui no blog, é só me mandar um Ryzen 9 3950X que fica tudo certo. Um beijo no seu coração! 😍
Espero que a AMD além do que está fazendo, também esteja com sua visão focada no outro caminho que está se abrindo, na futura tendência da computação neuromórfica, o grande retorno de circuitos lineares fazendo parte de circuitos híbridos, digital-linear.
ResponderExcluirEstamos chegando no limite na Lei de Moore, transistores quase a nível atômico.
Eu sempre considerei a inteligência artificial baseada em circuitos digitais como “ignorância digital”, principalmente falando-se em aprendizado de maquina, acho que essa ideia se formou em minha cabeça com uns doze anos de idade, quando vi em um livro um circuito de neurônio artificial analógico. Fiquei fascinado!
Certa vez desenhei um diagrama em blocos de conexões entre esses neurônios artificiais, há muitos anos, e outro dia fiquei surpreso de ver em um estudo, um diagrama praticamente idêntico ao que desenhei, há varias décadas.
Para certas operações, circuitos neuromórficos são infinitamente mais rápidos, econômicos, e menores, além de realmente mais “inteligentes”.
Muito interessante!
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