Na terceira parte da sétima temporada, o lindo Athlon 64 X2 3800+ foi levado ao limite! 😨
Antes de prosseguir, confira a apresentação dos componentes e a montagem deste projeto caso ainda não tenha feito. 😉
Fazendo overclock em um AMD K8
Os processadores K8 usam uma frequência de referência de 200 MHz que serve como base para todas as outras da plataforma: a do próprio processador, da RAM, do link HyperTransport e das demais interfaces como o AGP (ou PCI Express, dependendo do chipset) e o PCI de legado.
Como a maioria dos processadores Athlon 64 possuem o multiplicador travado para cima, aumentar a frequência de referência é a única forma de fazer overclock. No exemplo do 3800+ que conta com o multiplicador 10 (originalmente ele roda em 2000 MHz), subir a frequência de referência para 240 MHz resulta em 2400 MHz no chip. Felizmente o setup da Asus A8V permite fixar as frequências do AGP e do PCI, o que evita possíveis instabilidades no sistema.
Pelo mesmo motivo também é recomendável ajustar a frequência do HyperTransport, que na plataforma 939 é de 1000 MHz (multiplicador 5). Com a frequência base em 240 Mhz, reduzir o ajuste do HT para 800 MHz (multiplicador 4) resulta em uma frequência final de 960 MHz, bastante próxima da original.
Este foi o melhor que consegui com o bravo 3800+ mantendo a estabilidade:
O pequeno Cooler Master conseguiu manter a temperatura do 3800+ overclockado em níveis muito bons:
Da mesma forma que o HyperTransport, o divisor da frequência do barramento de memória pode ser ajustado de modo que a mesma fique o mais próximo da frequência original, para evitar uma possível instabilidade.
Benchs
O Athlon 64 e a plataforma soquete 939 são boas opções para rodar jogos clássicos com um desempenho espetacular, como o GLQuake e o Quake III:
Entretanto, em benchs mais exigentes como o 3DMark 06 a coisa muda de figura, certamente com maior limitação oriunda da GPU.
Vamos aos resultados:
Teste | Stock | Overclock | Diferença |
Super PI 1M (segundos) | 44 | 39 | -12,82% |
3DMark 2000 Pro (score) | 16521 | 18363 | 10,03% |
3DMark 2001 SE (score) | 21200 | 23423 | 9,49% |
3DMark 03 (score) | 13269 | 13523 | 1,88% |
3DMark 05 (score) | 6384 | 7084 | 9,88% |
3DMark 06 (score) | 3393 | 3466 | 2,11% |
Sandra 99 CPU (MIPS) | 7361 | 7894 | 6,75% |
Sandra 99 FPU (MFLOPS) | 2742 | 3216 | 14,74% |
Sandra 99 Memory Bandwidth (MB/s) | 1796 | 1896 | 5,27% |
Quake (FPS) | 370,6 | 379,3 | 2,29% |
GLQuake (FPS) | 847,8 | 844,5 | -0,39% |
Quake II (FPS) | 432,8 | 551,8 | 21,57% |
Quake III (FPS) | 266,3 | 282,0 | 5,57% |
Unreal Tournament 99 (FPS) | 158,7 | 165,5 | 4,11% |
Unreal Tournament 2003 Flyby (FPS) | 258,6 | 278,9 | 7,28% |
Unreal Tournament 2003 Botmatch (FPS) | 95,8 | 103,3 | 7,26% |
Os ganhos foram condizentes com o aumento da frequência. Em relação aos demais PCs clássicos testados pelo blog o Athlon 64 X2 liderou a grande maioria dos testes.
Até a próxima parte!
Já fiz esse overclock num Athlon 64 x2 3800+ que eu tenho por aqui. Testei alguns benchs na época, o desempenho é parecido melhor que os Pentium D e parecido com os Core2Duo/ Dual Core E2xxx e E4xxx.
ResponderExcluirInteressante. Vai ser legar fazer comparativos, assim que for possível. 🙂
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