Continuando com a série das distros do “lado vermelho da força” mostrarei o Kylin, uma distribuição baseada no Ubuntu feita em conjunto pela Canonical e o governo do tio Jinping.
A primeira versão do Kylin foi a 13.04 (de 2013) e desde então ela segue o mesmo cronograma de lançamentos do Ubuntu oficial. O suporte a hardware, kernel utilizado e requisitos de sistema também se mantém alinhados com o Ubuntu.
Para os testes foi utilizada uma máquina virtual do VirtualBox com dois núcleos para o processador, 4 GB de RAM e disco de 80 GB. Como é padrão nesta série, por motivos de privacidade não há conexão à Internet.
Esta é a tela do GRUB, que marca a inicialização do sistema:
Como era de se esperar a instalação segue o mesmo padrão do Ubuntu. O idioma padrão da interface é o chinês simplificado, e embora seja possível alterá-lo decidi deixar desta forma para aumentar a diversão.
O fato de a instalação seguir o mesmo padrão do Ubuntu facilita as coisas: a primeira opção é a da instalação completa:
Chegou o momento do particionamento:
Decidi deixar o sistema criar as partições automaticamente. Foi criada uma para o boot (UEFI) e outra para o sistema em si (ext4) com o restante do espaço disponível:
Sim, estamos em Xangai!
Criando a conta de usuário:
Após a cópia dos arquivos é só reiniciar a máquina virtual para desfrutar do seu Ubuntu chinês:
A tela de boot é a mostrada na abertura da postagem, e esta é a tela de login:
O Kylin usa o gerenciador de janelas Xfce e o tema é realmente muito bonito, com uma leve semelhança com o Windows 10:
Esta é a loja de aplicativos oficial (ao menos aqueles aprovados pelo governo...):
Por curiosidade dei uma olhada no arquivo de configuração sources.list e como era esperado os repositórios são próprios do sistema. Talvez alterar os mesmos para os oficiais do Xubuntu (que também usa o Xfce) possa funcionar, mas não cheguei a testar pois como já afirmei prefiro não ativar uma conexão para este sistema.
Este é o painel de configurações:
E o gerenciador de arquivos:
O navegador padrão é o Firefox. A declaração de privacidade da Mozilla não combina muito com as práticas do governo chinês...
A suíte office padrão é a WPS e não o LibreOffice. Entretanto, outras aplicações típicas do Ubuntu como o Rhythmbox estão disponíveis.
E, é claro, o terminal não pode faltar!
Até a próxima!
A distro oficial do governo chinês era o Red Flag Linux (https://distrowatch.com/table.php?distribution=redflag) e tinha o uso incentivado como uma das formas de combate à pirataria e para diminuir a dependência de SOs ocidentais. Em 2013 substituíram a distro por essa parceria com a Canonical!
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