Os processadores Pentium MMX eram anunciados pela Intel como um passo adiante em termos de desempenho. Será que isso é verdade?
A plataforma de testes
Os testes com os processadores soquete 7 são feitos com a placa-mãe Asus P5A baseada no chipset Ali Aladdin V, com 128 MB de RAM PC100, disco rígido Maxtor de 10 GB e o sistema operacional Windows 98 SE. A placa de vídeo é a 3dfx Voodoo4 4500 PCI, a oficial de testes do blog.
Ambos os chips são de 166 MHz |
Pentium clássico
Este chip traz a microarquitetura de quinta geração da Intel com dupla canalização, introduzida em 1993. Conta com 16 KB de cache L1 (metade para dados e metade para instruções), barramento frontal de 64 bits e frequência de 66 MHz, com litografia de 600 nm.
Pentium MMX
Apresentado com toda a pompa e circunstância pela Intel em 1997, o conjunto de instruções MMX consiste em oito novos registradores de 64 bits voltados para o processamento de inteiros, nomeados de MM0 a MM7. Além de uma instrução de 64 bits, cada um deles também pode processar duas instruções de 32 bits, quatro de 16 bits e oito de 8 bits simultaneamente.
A principal vantagem do conjunto MMX é desafogar o processador para o cálculo de inteiros, porém para tanto as aplicações precisavam ser recompiladas para acessar os novos registradores, o que fez com que o número de softwares compatíveis fosse muito aquém do que a Intel esperava.
O Pentium MMX manteve a microarquitetura de quinta geração da Intel e o barramento frontal de 64 bits, com frequência de 66 MHz. As mudanças em relação ao Pentium clássico foram a litografia reduzida para 350 nm, uma menor tensão de alimentação e o aumento do cache L1 para 32 KB.
Testes
Como podemos ver no gráfico abaixo, a diferença de desempenho entre o Pentium clássico e o MMX é irrisória: na média dentre o rol de benchmarks do blog a diferença ficou em apenas 4%, praticamente um empate técnico.
Tendo em vista a falta de aplicações que tirem proveito dos registradores MMX, simplesmente não valia a pena pagar (bem) mais caro por um Pentium MMX na época. Infelizmente em 1997 a internet comercial ainda engatinhava e o acesso à informação era bem mais difícil, assim muitos eram enganados seduzidos pelas peças publicitárias da Intel.
Em tempo, os resultados de todos os processadores antigos já testados pelo blog pode ser visto aqui. Até a próxima!
1996-1997 foi a época que os Pentium começou a decolar, já perto da era PII, os 386/486 era tão imensamente popular que demorou para serem trocados pelo Pentium.
ResponderExcluirAinda tínhamos o K6 para dificultar mais ainda a vida do Pentium 1, eu mesmo ouvia falar muito em K6 na época, mas pouco no Pentium 1, acho que no BR, a AMD era bem mais popular. A Intel aprendeu a lição de não perder terreno para a sua antecessora com o Celeron na era PII
O Pentium 1 foi vendido como uma peça ultra tecnológica onde a Intel achou que poderia vender pelo preço que quisesse, e esqueceu dos PCs de baixo custo, era caríssimo em 93, somente entusiastas comprariam na época.
ResponderExcluirSem uma versão Celeron, os 386/486 ganharam uma sobrevida incrível, e quando estes ficaram finalmente obsoleto, surgiu o K6, a versão Celeron do Pentium, porém de outra marca, Intel foi só emplacar de vez a linha Pentium la em 96-97, sempre brigando com o K6.
Em 96, quando tivemos o primeiro PC, o povo na época falava que tinha em casa um 486 (os mais abastados) ou um 386 (PCs de entrada), muito difícil achar um computador Pentium que não custasse os 2 rins na época.
O nosso era um 386 em pleno 96, o incrível era que mesmo sendo um processador de 11 anos a época, ainda era muito popular no Brasil no início do PC Popular
Eu lembro dessa época!
Excluir“Olha só! Um 486!” ou, “O cara tem um 486!”
O resultado do teste me surpreendeu. Eu achava que a diferença seria bem maior.
O K6 era um forte competidor para o Pentium/Pentium MMX. Aguarde as cenas do próximo capítulo! :-)
ExcluirEduardo, era desse jeito mesmo “um 486!!!” kkk bons tempos. No meu comparativo a única vantagem que o MMX teve foi nesses benchmarks (Super PI, Sandra99 CPU multimídia, Winbench99 CPUmark – 2D business Graphics, 7-Zip 9.20) tirando esses aí o meu comparativo deu exatamente 4% de vantagem pro MMX, comparativo entre K6 X Pentium MMX é muito interessante, em determinados benchmark o K6 é melhor em outros o Pentium é melhor, (Não fiz teste em 3D).
ExcluirKkkk
ExcluirÉ mesmo!
Acho que talvez o pentium tenha ficado mais atraente a partir do 233 mhz. Como tenho duas socket 7 praticamente iguais, em uma vou deixar o pentium 233mmx e na outra um k6 2 de 350 mhz. Vou ter que regravar a bios, mas como tem um gravador de eeprom fica facil.
Show.
ExcluirDesculpe, você poderia responder a minha pergunta no post: (https://www.michaelrigo.com/2017/01/montando-um-novo-pc-xt-parte3.html) ?
ResponderExcluirRespondido.
ExcluirNesse site do Paraguai, tem a venda um kit com um K6 450 com placa mãe e 64MB de memória por 23 dólares, pensando em comprar pra fazer um PC Retrô
ResponderExcluirhttp://icompy.com/placa-mae/201884-mbcpu-amd-k6-450-sis-530-s-vcpuvent-64mb.html
Mesmo sendo uma placa com chipset SiS o preço está muito bom, principalmente se compararmos com os preços do ML.
ExcluirVixi!!!!
ExcluirSó a memoria quase já pagou pelo preço!
Vai que esta lá a mais de 20 anos jogado no depósito da loja e descobriram agora kkkk.
ExcluirQuero somente fazer um PC Retrô básico, apenas para hobby, acho que esse kit serve para mim, ainda mais com os preços hiper inflacionados de hoje.
Quero gastar o mínimo possível e explorar todo potencial da plataforma, vai ser meu brinquedo da crise!
Se os preços não estivessem tão inflacionados, seria show espetar uma Voodoo para curtir os jogos em Glide!
Excluir“Quase vinte anos jogada no depósito …”
ExcluirEu tive essa sorte, e no Ebay!!!
Minha mb 286 tinha o lacre no plastico antiestatico! 😎
Trinta dolares.
Deu muita sorte, pois os 286 existem em bem menos do quantidades que os 386/486, acho que no BR os 286 nem chegaram oficialmente.
ExcluirHoje em dia onde o Retrô está na moda, custaria no mínimo 5x mais o que você comprou, já vi várias aberrações no eBay essa semana, como cobrar 1000 reais em um processador 386 apenas por estar conservado, detalhe, não está na caixa nem é novo.
Pelo jeito a Inflação dos semicondutores é mundial e afeta tbm as peças legacy.
Luyd, eu acho que a inflação dos semicondutores só afeta hardware antigo devido a falta de bom senso dos vendedores, e a idiotice das pessoas aceitarem pagar esse preço, com raras exceções de quando é realmente necessário, ou se o componente for realmente raro, aí sim deve ser valorizado, como qualquer item raro.
ExcluirTalvez, entre janeiro/fevereiro eu compro esse kit, tenho gente que trás pra mim do Paraguai, e como está parecendo, esse produto deve ser algo de nicho, esquecido da loja, e não vai aumentar de preço, tomara, pois estou atentado pra comprar!
ResponderExcluirSobre o chipset ser SiS, não tenho o que reclamar, meu PC antigo com esse chipset durou 15 anos sem problema algum. O K6-2 que vem com ele ainda não está sofrendo da inflação de preços, queria que fosse 128MB pra ficar idêntico a meu antigo PC. Vai ficar uns 150 reais esse kit contando com a comissão do freteiro,
Rigo, você já usou o emulador 86Box? O que acha? Eu estou brincando com ele bastante, porém ainda não consegui uma emulação perfeita nem com as opções mais avançadas do programa!
Opa, nunca usei esse emulador.
ExcluirEm 1998 ganhei o meu primeiro pc, comprado nas Casas Bahia. Um Pentium 200 MMX, 8 MB de ram, fax modem de 14k, drive de cd, Windows 95 e HD de 1,4GB. Não tinha acesso a internet em casa, mas a minha namorada já tinha um telefone e quando fui fazer o primeiro teste, o modem estava queimado. Comprei um de 56K e fiz a minha primeira conexão, com a assinatura da UOL.
ResponderExcluirMais pra frente fiz um upgrade no meu pc, dobrei a quantidade de memória e coloquei o Windows 98. A placa mãe apresentou problema nos bancos de memória, comprei uma na Santa Efigênia, que já dava suporte para Dimm e Simm, e aproveitei e troquei o MMX 200 pelo MMX 233 Mhz.
A intel investiu pesado na propaganda do MMX, tanto é que passou isso para as próximas gerações.