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Análise – notebook Lenovo Ideapad 3 15ALC6 #2

Nesta segunda parte deixo as minhas impressões sobre a “distribuição” Linux da Lenovo, bem como mostrarei alguns benchmarks.

Análise – notebook Lenovo Ideapad 3 15ALC6 #2

Lux, a “distribuição” Linux da Lenovo

Sem mais delongas e indo direto ao ponto, o Lux nada mais é do que uma personalização do antigo Debian 11 com pouquíssimas mudanças.

A interface do Lux (clique para ampliar)

Por padrão o sistema utiliza o já defasado gerenciador de janelas Gnome 3.38 em conjunto com o servidor gráfico X.org, embora seja possível selecionar o Wayland na tela de login.


Como o Debian 11 vem com o desatualizado kernel 5.10 LTS, a principal mudança do Lux é o uso de um kernel mais atualizado com melhor suporte ao hardware do dispositivo. Na ocasião desta avaliação estava sendo usada a versão 6.2.

No mais são poucas alterações, e praticamente todas cosméticas como o uso de novos ícones no gerenciador de arquivos.


Assim não há muito mais a mostrar sobre o sistema, até mesmo pois o Debian 11 já foi esmiuçado aqui no blog.

O Lux nos traz sentimentos conflitantes. Se por um lado temos um grande fabricante lançando dispositivos com Linux, o que é ótimo, por outro a implementação do sistema beira o constrangedor (é quase um refisefuqui do idoso Debian 11).

Ao invés de tentar reinventar a roda, seria melhor a Lenovo fechar uma parceria com alguma grande empresa do mundo Linux tal como a Canonical (Ubuntu) ou a Red Hat (Fedora), proporcionando assim uma experiência out of the box muito mais satisfatória aos seus consumidores. Fica a dica, Lenovo!

Enfim, como o notebook não será para meu uso pessoal fui obrigado a instalar o Windows 11 (blerg!) nele – mesmo vindo originalmente com Linux, todos os drivers para Windows podem ser facilmente encontrados no site do fabricante. Se fosse para mim eu colocaria o lindo Debian 12, é bem melhor usar o sistema original na sua última versão do que o genérico desatualizado.

Benchmarks

A partir de agora a análise será feita com o sistema do tio Bill instalado. No CPU-Z podemos ver maiores detalhes sobre o processador Ryzen 7 5700U:


Bem como da plataforma:


E da memória principal:


Estes foram os resultados obtidos pelo chip em alguns dos testes que uso aqui no blog:


Sendo um modelo Zen 2 voltado para um baixo TDP e consumo elétrico, o 5700U acaba tendo um desempenho próximo dos Ryzen de primeira e segunda geração para desktop (sim, os gráficos de benchmarks estão de volta! 😃). Por outro lado, as suas 16 threads são bastante adequadas para tarefas de produtividade.

Já com o GPU-Z temos mais informações sobre a GPU integrada Radeon Vega 8. Foram reservados 2 GB para a VRAM, o máximo possível.


Os seus resultados foram os seguintes:


Não dá para esperar muito do Vega 8: mesmo considerando a diferença entre os processadores (as placas de vídeo dedicadas são testadas com um Core i7 2600K) a performance foi a mesma de uma GeForce GT 1030. Ele é plenamente adequado para ver vídeos no VocêTubo e nos serviços de streaming, e para jogos mais simples e/ou antigos. Para os mais recentes será preciso reduzir a resolução para 720p com um baixo nível de detalhamento gráfico, não há milagre.

Indo para o SSD, estes foram os resultados:


A taxa de escrita sequencial está de acordo com o divulgado pela Samsung, porém a de leitura é bem menor do que os 3100 MB/s prometidos. Duh. 😡

O veredicto

Em face ao que mostrei aqui e na primeira parte da análise, posso dizer que o Ideapad 3 é um notebook que se destaca pelas dimensões compactas e economia de energia. O Ryzen 7 5700U consegue entregar uma boa performance para a maioria das tarefas comuns e de produtividade com um pé nas costas, não sendo adequado apenas para a PC Master Race (o que não é o objetivo do modelo de qualquer forma).

O grande ponto negativo fica para o sistema operacional que vem pré-instalado nele, o que fará muitos voltarem ao mundo das janelas infelizmente. Se este não for o seu caso, instale a sua distribuição Linux favorita e seja feliz.

Comentários

  1. Concordo que seria mais legal o PC vir com alguma distribuição Linux mais robusta e das citadas acrescentaria o OpenSUSE na lista! Só que infelizmente quem só aceita Windows irá inevitavelmente instalar o sistema da Microsoft (piratex na maioria dos casos) mesmo que a distro ofertada seja boa!

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    1. Concordo com ambas as afirmações: o SUSE também seria uma ótima escolha e certamente a maioria instalaria Windows de quaquer forma.

      O maior problema do Lux na minha opinião é que ele acaba "queimando" o Linux dentre potenciais usuários.

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  2. Eu confesso que nunca me interessei por usar Linux. A primeira coisa que fiz quando comprei meu notebook positivo lá em 2016 (Celeron N3010, 4GB de memória RAM e 500GB de HD) foi formatar e colocar o Windows 8.1 piratão. A principal vantagem do computador vir com Linux ou sem qualquer sistema operacional é que ele fica de 200 a 300 reais mais barato, já que não precisa pagar pela licença do Windows que viria embutida no preço final.

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    1. Eu tbm instalo o windows piratão quando o computador não vem com a licença, mas parece que fico com a consciência mais limpa quando é uma versão mais antiga tipo o windows 7, a microsoft tá pouco se ferrando por causa do windows que ela parou de vender a um tempão. Geralmente quando o note vem com linux, eu faço dualboot, mantendo o linux original. A principal desvantagem do linux pra mim é que a minha impressora não funciona direito nele, e muitos programas não oferecem suporte, mas isso aí é escolha de cada um. O windows e mac os são os que tem mais suporte, afinal eles são sistemas pagos, então tem meio que uma pressão pra serem bem suportados pelas empresas de software.

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    2. Eu não tenho costume de usar S.O. pirata nas minhas máquinas porque, além da questão ética, também tem a questão de segurança (afinal não tem como saber exatamente o que vem junto com ativadores e cracks, etc). Eu gosto sempre de aprender sistemas novos, tanto que além do Linux e Windows também uso destros BSD! Não gosto de depender apenas de um S.O., por isso comecei a usar esses sistemas alternativos há mais de 2 décadas.

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