Resolvi testar algumas distribuições com o novo KDE em conjunto com o Wayland, e o resultado foi muito positivo. Tanto que está me fazendo pensar em trocar de sistema operacional.
O KDE tem suporte oficial ao Wayland desde a versão 5.2X, mas quando o testei pela primeira vez neste ambiente vi que ainda haviam muitas arestas a aparar, com certos recursos apresentando um comportamento errático, além de alguma instabilidade. E olha que uso uma GPU AMD no PC principal (Radeon RX 6500 XT), o que exclui a possibilidade de ser algo relacionado ao driver como ocorre com as Nvidia.
Isto me fez optar pelo Gnome quando atualizei para o Debian 12, pelo seu suporte bem mais maduro ao Wayland. Entretanto o meu ambiente gráfico favorito no mundo do Tux sempre foi o KDE – a simplicidade exagerada do Gnome às vezes enche o saco, por exemplo, ter que recorrer à extensões até mesmo para coisas simples como exibir ícones na área de trabalho.
Isto me fez optar pelo Gnome quando atualizei para o Debian 12, pelo seu suporte bem mais maduro ao Wayland. Entretanto o meu ambiente gráfico favorito no mundo do Tux sempre foi o KDE – a simplicidade exagerada do Gnome às vezes enche o saco, por exemplo, ter que recorrer à extensões até mesmo para coisas simples como exibir ícones na área de trabalho.
Segundo os desenvolvedores, a partir da versão 6 o KDE teve muitos componentes refeitos quase que do zero para o Wayland, o que o deixou na minha “fila de testes”. Somente agora tive um tempinho para isso, mas a espera valeu a pena: o KDE 6.X está rodando liso no Wayland, e os problemas são coisa do passado. Show! 😀
Os testes foram em máquinas virtuais usando três distribuições: KDE neon, Kubuntu 24.10 e o openSUSE Tumbleweed, e em todas a operação foi perfeita. Dentre elas, uma em particular chamou-me a atenção pela robustez e é séria candidata a ser o meu novo sistema operacional de produção.
Mais detalhes em breve.
O que eu gostei do Gnome e justamente me fez acostumar com ele foi a simplicidade! Eu tenho algumas distros com KDE instaladas em vm, mas não consigo usar por longos períodos no cotidiano porque acho que a interface por vezes entrega mais opções de customização do que o necessário. Quando comecei no Mundo Linux eu gostava bastante dessa parte de customização, mas hoje em dia não tenho muita paciência para fazer isso!
ResponderExcluirRealmente as opções configuração do KDE são quase infinitas. É impressionante.
ExcluirA implementação do Wayland do GNOME (Mutter) é bem robusta, porém o ritmo de desenvolvimento do KDE (KWin) está frenético. Quase sempre os novos protocolos Wayland são implementados primeiro no KWin. Depois, o GNOME vai encostando, devagar; às vezes, muito devagar, como foi com o idle inhibit (https://wayland.app/protocols/idle-inhibit-unstable-v1), que chegou anos atrasado no GNOME, na versão 45.
ResponderExcluirPor exemplo, o Chromium ainda usa por padrão X11 no Linux, que, em ambientes Wayland, roda via Xwayland -- é uma compatibilidade razoável, mas tem seus problemas. Um dos principais impeditivos de um Chromium Wayland nativo é a falta de um protocolo para arrastar abas para janelas e vice-versa. Tal protocolo foi adicionado faz pouco tempo (https://wayland.app/protocols/xdg-toplevel-drag-v1) e estará no Chromium 132. No Kwin, já está implementado desde a versão 6.1! Com sorte, o GNOME não ficará muito tempo atrás e teremos o mesmo suporte no GNOME 48 (https://gitlab.gnome.org/GNOME/mutter/-/merge_requests/4107).
Nota: uso o GNOME aqui.
Correção: o KWin suporta xdg-toplevel-drag desde a versão 6.0!
ExcluirShow! Usando o Chrome/Chromium dá para notar alguns problemas de compatibilidade: no Debian 12 com Gnome 43 algumas vezes a tela do Chrome fica escura, voltando ao normal quando o mesmo é minimizado/maximizado. Também acontece às vezes da barra de título ficar duplicada.
ExcluirMas não é algo que acontece muito frequentemente.
Esclarecendo que a versão 132 saberá "falar" o protocolo com compositores que o suportem. No entanto, para o Chromium usar Wayland no lugar do X11 continuará precisando de opções de linha de comando, até o padrão mudar. Torçamos para que não demore muito.
ExcluirEstou usando a distro BigLinux KDE em um pc antigo e é o que tá me salvando
ResponderExcluirSim. O Linux tem uma capacidade enorme de dar sobrevida para máquinas mais antigas.
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