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O dia em que o meu PC falou

Dezembro de 1995. Faziam seis meses que o meu primeiro PC pessoal havia chegado em nossa casa. Para a época, era uma configuração bastante razoável: Processador Intel 486 DX4 100 MHz; Placa mãe Soyo (não me lembro do modelo exato); 8 MB de memória RAM; Placa de vídeo S3 Vision 864 2 MB PCI; Disco rígido WD Caviar 540 MB; Monitor VTC CRT 15” com resolução máxima de 1024 X 768; Sistema operacional MS-DOS 6.22 e Windows 3.11. O PC vinha sendo um ótimo companheiro. Estava junto nos meus trabalhos escolares (como era um dos poucos da minha turma que tinha um computador em casa, acabei virando o “digitador oficial”, o que fazia com satisfação), bem como também nos meus momentos de lazer, com jogos clássicos como Doom II, Wolfenstein 3D e o primeiro World Circuit (também conhecido como GP1).

Livros geeks que eu recomendo

Neste post faço uma descrição sucinta de obras relacionadas a tecnologia que já li e recomendo. Fiquem a vontade para sugerir outras obras nos comentários! E sim, ainda prefiro livros em papel :-) Steve Jobs (Walter Isaacson, 2011) Você pode até não gostar da Apple e jamais ter comprado um produto deles, mas esta leitura é imperdível. Afinal das contas, ela traz a história do cara que “apenas” revolucionou o segmento dos computadores pessoais (com o Macintosh); das animações gráficas (com a Pixar); da distribuição digital de música (com o iTunes e o iPod); dos smartphones (com o iPhone). Jobs inflama amor e ódio em iguais proporções, um verdadeiro “gênio indomável”. Nesta obra Isaacson foi brilhante, pois não caiu na vala comum dos biografistas que costumam romantizar a história dos biografados, muito pelo contrário: não poupa detalhes em descrever tanto o lado genial de Jobs quanto o seu lado muitas vezes duro, frio e intransigente.

Negócio da China (2)

A Lenovo está parecendo patricinha em shopping: compra tudo o que vê pela frente. Após ter comprado a divisão de servidores x86 da IBM, acaba de ser anunciado que o Google vendeu a Motorola para a Lenovo por 2,91 bilhões de obamas. A aquisição inclui a marca Motorola, todo o seu catálogo de smartphones e cerca de 2 mil patentes - o restante das patentes permanece com o Google. Só digo uma coisa: vou começar um curso de mandarim. Veja também: Negócio da China

Nos anos 1990, as conexões eram assim (Parte 2 - Os provedores)

Nenhum texto sobre a internet brasileira dos anos 90 ficaria completo sem citarmos as opções de provedores de acesso que tínhamos na época. Digo que o início da popularização da internet no Brasil, por volta de 1996-1997, foi um período de ouro em termos de oportunidades de negócios para quem estava preparado para aproveitar o momento (e poderia investir em alguma infraestrutura de telecomunicações, basicamente linhas telefônicas), muito embora a história tenha mostrado que foi uma janela pequena: já pelos idos de 1999-2000 os pequenos provedores regionais que ainda sobreviviam eram raros.  Me lembro do meu primeiro plano de conexão que fiz no final de 1997 com um pequeno provedor que existia na minha cidade: pacote mensal de 20 horas de conexão a aproximadamente R$ 100; e R$ 5 por cada hora adicional. Para não receber uma conta astronômica do provedor no final do mês, tínhamos que ficar contando os minutos de conexão, além de sempre convivermos com o problema de insuficiênci...

Nos anos 1990, as conexões eram assim (Parte 1 - Hardware e curiosidades)

Sabadão, 14 horas. Você corre para o computador e clica no ícone “Conexão dial-up” no Windows para acionar a conexão discada com o seu provedor de internet ou BBS, pagando um único pulso!*. A maior frustração era acontecer de o seu provedor estar com todas as linhas ocupadas, neste caso o modem retornava um melancólico tu-tu-tu... e isso era comum! Quando você finalmente conseguia conectar, era a espantosos 9600/14400/28800/33600 bps, ou bits por segundo – para ter o valor em Bytes, divida estes números por 8; para chegar aos KB divida o resultado por 1000 (grandezas de transmissão de dados usam base decimal e não binária). Ou seja, uma conexão de 33600 bps equivale a pouco mais de 4 KB por segundo! E isto em condições ótimas: linha telefônica com pouco ruído, central em boas condições... ou seja, em termos de Brasil (ainda mais naquela época), era algo bastante improvável. Mas voltando à nossa epopeia, você iria então como louco rodar o Netscape Navigator para fazer buscas...